Em tempos em que a política muitas vezes se distancia da realidade do povo, é alentador reconhecer iniciativas que devolvem dignidade aos que vivem à margem do sistema. A Estação Acolher, projeto idealizado pela Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania (Seasic), sob a condução sensível da secretária e primeira-dama Érica Mitidieri, é um desses exemplos que merecem ser destacados, defendidos e replicados.
Mais do que um espaço físico, a Estação Acolher representa um gesto concreto de humanidade. Criada para oferecer acolhimento digno a catadores, ambulantes e seus filhos, a estrutura vai muito além da assistência imediata: ela reconhece a existência invisibilizada dessas pessoas que, diariamente, lutam pela sobrevivência em meio ao concreto quente da cidade.
Ao disponibilizar banho, alimentação, área de descanso e guarda de pertences, o programa garante o mínimo que qualquer ser humano precisa para enfrentar o dia: cuidado e respeito. E quando se abre esse cuidado também para os filhos dos trabalhadores, a política pública se transforma em política de esperança.
É importante ressaltar que esse tipo de iniciativa rompe com uma lógica antiga e ultrapassada de assistência social baseada em assistencialismo. A Estação Acolher atua de forma proativa, preventiva e acolhedora — trata-se de uma rede de proteção que entende o trabalho informal como parte do cotidiano urbano e busca oferecer apoio sem criminalizar a luta desses trabalhadores.
Por trás de sua execução, nota-se o olhar feminino e cuidadoso de Érica Mitidieri, que tem se firmado como uma gestora comprometida com pautas sociais reais, com ações que tocam vidas e criam pontes entre o Estado e quem mais precisa dele. O que se vê é o resultado de uma política pública construída com escuta, empatia e estratégia.
Que a Estação Acolher inspire outras gestões a perceberem que o social não é gasto — é investimento no humano, no coletivo, no futuro. Afinal, governar bem também é saber cuidar. E isso, felizmente, está sendo feito.