O primeiro movimento do SINTESE neste ano acontece pela pauta salarial, e já anuncia paralisação de atividades no início de maio, o que provoca descontetamento para alunos e pais, além da sociedade que questiona a manifestação mesmo com o diálogo aberto com o governo, que já sentou à mesa para discutir a pauta com a diretoria do sindicato e encontrar o melhor termo.

Com toda a importância que coloco a categoria do magistério para a construção de uma sociedade, fico muito à vontade para enfatizar o status de todas as outras e, por isso, sustento que muito embora sejam atores fundamentais para a estrutura do governo, é necessário esclarecer que uma gestão não deve operar apenas para essa "bolha funcional", e administrar para o coletivo, principalmente, a maioria que é soberana no estado: o Povo.

Discursar que o estado tem caixa, e por isso é suficiente para atender as pautas salariais das categorias, é submeter o orçamento apenas para esta finalidade, como se não existisse mais nada a ser feito na administração pública, senão, pagar salários. É óbvio que as reinvidicações são justas, desde que o atendimento destas não prejudiquem a gestão, ao ponto de estagnar a máquina administrativa.

Tensionar a negociação, inclusive com indicativo de greve, é algo próximo da incompreensão, e remete o movimento para uma ação política de desgaste de um governo que está com o diálogo aberto com todas as categorias, o que não é diferente com o SINTESE.

O perfil do atual governador Fábio Mitidieri já está impresso na sua forma de administrar, e tem discutido diretamente com todas as categorias da estrutura do estado, porém, com muita franqueza, expõe a capacidade financeira e econômica de Sergipe, o que tem sido bem compreendido pelos sergipanos.

É preciso atender as pautas das categorias? Sim. Mas, para isso, deve atender a qualquer custo, sem avaliar as consequências com as finanças do estado? Não. Dito isto, reafirmo que a categoria do magistério é importante, mas não é a única na estrutura do estado.