A nomeação de Perpétua Almeida como diretora de Economia Sustentável e Industrialização na ABDI, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, tem gerado um considerável descontentamento entre os servidores e levantado questionamentos válidos sobre sua qualificação para o cargo. Essa nomeação, que é incompatível com os requisitos estabelecidos pelo estatuto da instituição, merece uma rigorosa reflexão.

O estatuto da ABDI estipula claramente que os ocupantes de cargos diretivos devem possuir uma formação superior "compatível com o cargo". Esse requisito é fundamental para assegurar que os gestores da agência tenham o conhecimento técnico necessário para liderar e tomar decisões estratégicas relacionadas à economia sustentável e à industrialização.

No entanto, a nomeação de Perpétua Almeida parece desconsiderar totalmente esse requisito. Como ex-deputada pelo PCdoB-AC, embora ela possa ter experiência política e conhecimento em outras áreas, sua formação acadêmica não parece estar alinhada com as necessidades do cargo que agora ocupa. Isso levanta sérias preocupações sobre sua capacidade de desempenhar eficazmente as funções de diretora de Economia Sustentável e Industrialização.

A falta de aderência aos critérios estatutários pode minar a credibilidade da ABDI como uma instituição séria e comprometida com o desenvolvimento industrial sustentável. Além disso, pode prejudicar a eficiência e a eficácia das operações da agência, uma vez que a liderança não possui a expertise técnica necessária para tomar decisões informadas.

É compreensível que nomeações políticas sejam parte do cenário governamental, mas é igualmente importante que tais nomeações respeitem as normas e os requisitos estabelecidos para os cargos. Caso contrário, corre-se o risco de minar a confiança no processo de seleção e na própria instituição. Neste caso, a nomeação de Perpétua Almeida parece ser uma decisão que ignora as regras estabelecidas e, como resultado, prejudica a integridade e a eficácia da ABDI.