O ex- governador Belivaldo Chagas, o galeguinho, tem mostrado um protagonismo interessante à frente do PSD, e chegará em 2024 com a sigla disputando espaços majoritários e proporcionais muito além de qualquer outro que tenha registro eleitoral efetivo no TRE/SE.

Sua agenda na condição de presidente partidário tem sido de muitas conversas e entendimentos com as mais variadas lideranças do estado inteiro, o que é natural na política. São desses encontros que se constrói um partido grande, forte e competitivo para os pleitos seguintes.

Nessa investida o "galeguinho" se mostra um "caçador" de bom faro e estratégico, e vai laçando devagarinho aliados que podem fazer do PSD depois da próxima eleição o partido com maior número de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em Sergipe, deixando bem pavimentada a passarela para o embate seguinte, neste caso, 2026.

Por outra configuração, agora investido de "caça", Belivaldo não confirma qualquer candidatura para 2024 numa possível sucessão de Edvaldo Nogueira na capital, nem para 2026, quando teremos duas vagas para o senado da República. Experiente, de longa caminhada na política partidária, ele sabe muito bem que a precipitação de determinadas decisões o leva mais cedo para "frigideira", ainda mais quando os interesses individuais são muitos dentro do próprio grupo.

Daí surgem frases dele mesmo que mandam o recado bonitinho: 1- "qual político não gostaria de governar a capital de todos os sergipanos"?; 2- "não teria problema algum transferir meu título para Aracaju!"?; 3- "não gosto muito de viajar de avião, mas, se for preciso, viajo"! 4- "não estou procurando nada, mas, se alguém tiver, me ache"! Essas são algumas ditas por Belivaldo quando provocado em entrevistas.

É o tipo de posicionamento que não resta dúvida de sua disposição tanto para a capital, quanto para o senado. Pra mim tá muito claro. E quando o assunto é o senado em 2026, aí a complexidade é ainda maior. Com um PSD bem estruturado no interior após 2024, e construído pelo galeguinho de Simão Dias na presidência, seu nome no bloco governista seria indiscutível para uma das vagas.

A segunda vaga já teria algumas variantes, que somente o tempo poderia definir. Existem no bloco hoje com essa possibilidade: o senador Alessandro Vieira que seria para uma possível reeleição. O atual prefeito da capital Edvaldo Nogueira, se permanecer no grupo, e não alinhar com uma outra candidatura para garantir sua vaga de candidato ao senado. André Moura, se já tiver com sua situação jurídica definitivamente resolvida. E também Luciano Bispo, que não nega esse seu desejo.

Percebe que Belivaldo não "brinca" em serviço, e como bom jogador de dominó que é, tá movimentado as pedras, e deixando que a "lasquina" seja ele mesmo?

Ou bate de um lado (Aracaju 2024), ou bate de outro (senado 2026). Bote fé! Aí não tem "pingo"! É jogo duro!