Uma semana após a vitória contra a norte-americana Lauren Murphy, a sergipana Eduarda Ronda, ainda assimila tudo o que aconteceu em Nashville, nos Estados Unidos, em especial, o triunfo contra a favorita da disputa e a ascensão ao Top 15 do UFC na categoria Mosca. De volta a Aracaju, a atleta, que tem o patrocínio do Banese Card, já está novamente focada nos treinos.
Ronda sabia que a luta contra Lauren seria difícil, pois a adversária, além de muito experiente, com mais de 10 anos de UFC e apenas um nocaute, queria encerrar a carreira com vitória. “Então ela iria para a disputa com tudo, seria uma luta dura e com resistência, porque independentemente da idade, de ela ter 41 anos, Lauren sempre foi uma atleta ativa, Top 5 do UFC. Então fui preparada com a estratégia certa para poder sair com a vitória”, contou Eduarda Rond
Patrocinada pelo Grupo Banese através do Banese Card, desde maio de 2024, Ronda destaca que o apoio do verdinho, primeira empresa a acreditar no potencial que possui, foi o divisor de águas na carreira dela, já que foi a partir da chegada do Banese que ela teve tranquilidade para seguir e evoluir nos treinos.
“Assim que o Banese Card entrou na minha história consegui me organizar financeiramente, organizar minha planilha de treinos, buscar uma melhor preparação. Hoje treino com as melhores condições possíveis. A vitória contra a Lauren, uma atleta de elite, aconteceu graças ao suporte de excelentes profissionais, e o Banese Card tem participação nisso. Toda vez que subo no octógono penso que vou lutar para mostrar a essa empresa, a primeira a acreditar verdadeiramente em mim, que ela fez a escolha correta”, salientou a lutadora.
Sonhos realizados
Outra conquista, dessa vez fora dos holofotes, foi o reconhecimento do presidente do UFC, Dana White, logo após a luta. Eduarda Ronda contou que ficou assustada quando a assistente dele a procurou e disse que o chefe queria falar com ela. A sergipana contou que brincou perguntando se seria demitida, porque nenhum atleta fala com Dana White após a luta.
“Mas o encontro foi mágico, ele me parabenizou pela vitória, pela luta e pelo meu desempenho, e contou que o desejo dele era que eu entrasse para o ranking, mas que essa decisão era feita pelos jornalistas especializados. Fiquei feliz e chorei muito depois do encontro, e minha alegria mais que dobrou quando acordei no dia seguinte e vi que estava no Top 15 do UFC mundial”, falou emocionada.
Entre o anúncio e a data da luta houve apenas dois meses e meio de distância, tempo que a sergipana utilizou para estudar a adversária, montar a tática ideal para o momento, e intensificar os treinos de Muay Thai, em especial a “trocação” (golpes em pé). Desde a estreia no UFC, em novembro de 2023, Ronda disputou cinco lutas, e tem como saldo quatro vitórias e uma derrota, que ela atribui a uma decisão dividida dos juízes e por problemas no peso devido à adaptação para a nova categoria.
Eduarda Ronda ainda não tem nova luta marcada, tampouco adversária definida. Ela contou que desejava o próximo combate contra uma canadense, o que não será viável por não estarem juntas no ranking. Por isso, o desafio deverá ser com alguma atleta que esteja acima de Eduarda Ronda no ranqueamento, a exemplo da chinesa Wang Cong, de 33 anos de idade, dois a mais que a sergipana, e também na categoria Mosca.
Apoio dos sergipanos
Eduarda Ronda aproveitou para agradecer ao público sergipano, pois a cada luta, o contingente de torcedores aumenta e, dessa maneira, ela consegue mostrar que lugar de mulher é onde ela quiser estar. Também afirmou estar muito feliz por ter trazido a vitória para o Nordeste, em especial para Sergipe e para Riachuelo, terra natal da lutadora.
“Sou muito grata por representar Sergipe, o meu Nordeste, mundialmente, isso para mim não tem preço. Continuaremos aprendendo, evoluindo, pois o meu desejo é chegar no topo, ser campeã mundial e conquistar o cinturão. Com fé em Deus, nada vai me parar até eu chegar lá”, planeja Eduarda Ronda.
Ascom Grupo Banese