Prefeitura de Aracaju garante inclusão escolar através de Salas de Recursos Multifuncionais
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Publicado em 25/11/2023
As Salas de Recursos Multifuncionais são equipamentos pensados a partir da Política Nacional de Educação Especial e atende estudantes autistas, com deficiência e com altas habilidades

A Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Secretaria Municipal da Educação (Semed), atua para garantir que os direitos de todos os alunos sejam efetivados, de modo a estabelecer a igualdade de possibilidades e oportunidades. Na perspectiva da educação inclusiva, a gestão municipal dispõe de Salas de Recursos Multifuncionais, que são equipamentos pensados a partir da Política Nacional de Educação Especial. Esse equipamento pedagógico serve para atender estudantes autistas, com deficiência e com altas habilidades.

“Antes mesmo do meu filho receber o diagnóstico, a escola já tinha feito esse trabalho de acolhimento, já tinha abraçado a causa e investigado junto comigo. Eu me senti bastante confortável com a situação, porque a gente que é mãe e que não tem certeza do diagnóstico ainda, ficamos muito apreensivas com o comportamento da criança em sala de aula, com o desenvolvimento em si, mas aqui ele foi muito abraçado”, conta Nataly Santos da Silva, mãe de Pedro Abraão, 6 anos, aluno da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Papa João Paulo II.

Nataly também explicou que após ter completado o diagnóstico, seu filho Pedro Abraão tem sido bastante presente na Sala de Recursos e, consequentemente, tem se desenvolvido bem. Agora, Pedro consegue respeitar mais seus limites, é mais atencioso e a concentração em sala de aula melhorou bastante. “Estou muito satisfeita”, declara.

De acordo com a  coordenadora da Educação Especial (Coesp/Semed), Maíra Ielena Nascimento, garantir o acesso e a inclusão desses alunos mostra o respeito e a sensibilidade da gestão municipal ao levar em consideração a autonomia dos alunos, o seu protagonismo e a sua capacidade de aprendizagem.

“Antes de tudo, é o respeito a essas pessoas, respeito a condição que elas têm, e a percepção de que elas podem e devem, sim, se desenvolver e serem incluídas na sociedade. Também se trata de um direito, e os direitos são inegociáveis. Os direitos dessas pessoas precisam ser considerados e respeitados. E a garantia das salas de recursos é uma obrigação nossa, enquanto poder público. E ver esse direito sendo respeitado, saber que a Prefeitura de Aracaju está tratando, cada vez mais, desse direito e da expansão do acesso a ele, é muito emocionante”, diz Maíra.

Sala de Recursos
Presente em 39 unidades de ensino da rede municipal de Aracaju, as SRMs contam com materiais, em sua maioria lúdicos, que auxiliam os docentes no trabalho com os alunos. São circuitos psicomotores, sacolas criativas, esquema corporal, rotinas para autistas, provas piagetianas, entre outros. Atualmente, Aracaju possui 697 estudantes atendidos nas Salas de Recursos Multifuncionais.

Também são utilizados jogos pedagógicos, materiais diferenciados, jogos eletrônicos, sempre voltados para essa percepção das dificuldades e das barreiras que essas pessoas enfrentam, para que possam conseguir vencê-las a cada dia. É possível encontrar lego, jogos de dominó, joguinhos de madeira, bonecos distintos, ludo. Com essas atividades, o aluno treina tanto a sua coordenação motora quanto sua coordenação física.

Segundo a pedagoga e especialista no atendimento educacional especial, Priscila Brandão Casado Gomes, os alunos que chegam na escola com diagnóstico de deficiência, seja ela intelectual, física, visual, auditiva, casos de superdotação ou altas habilidades e transtornos de neurodesenvolvimento, como é o caso do autismo, são automaticamente encaminhados ao atendimento na Sala de Recursos. Os profissionais conversam com os pais para que eles autorizem a participação dos filhos na Sala de Recursos.

“Nos casos das crianças nessas condições, é feita uma dupla matrícula, até porque fica a critério da família permitir que seu filho participe das atividades. Quando a gente sabe que esse aluno chegou na escola, a gente entra em contato com a família, faz uma entrevista inicial e faz uma segunda matrícula para que esse aluno seja atendido no contraturno. Para o caso dos alunos que chegam sem diagnóstico, ou quando algo no desenvolvimento dele não está compatível com a idade, os professores preenchem uma espécie de relatório, que é uma caracterização e encaminham para a coordenação de educação especial para que possamos fazer uma espécie de triagem e assim solicitar que os pais levem as crianças a algum especialista”, explica Priscila Brandão.

Foto: Marcelle Cristinne/PMA
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