Quem quiser que compre a idéia quando algumas lideranças dizem que não discutem eleição neste momento, e que só tratarão do assunto ano que vem, quando efetivamente acontece o encontro com as urnas.
Não é bem assim, e a cada encontro ainda que seja por motivação institucional, a conclusão se prolonga pelo papo da eleição futura, quando se discute nomes, cenários, alianças, estratégias, enfim, fala-se de tudo, mas, da porta para fora o encontro foi republicano e institucional.
O grupo de oposição na capital dificilmente encontrará a unidade dos partidos que se definem oposicionistas e, por isso, ainda que tenha nome competitivo, como é o caso da vereadora Emília Correia do Patriota, não terá grupo com densidade para enfrentar alianças mais robustas e com mais lideranças juntas num mesmo objetivo.
O mesmo acontece com a deputada estadual do PSol, Linda Brasil, que embora se coloque à disposição do partido para a sucessão da capital, internamente já tem partidários contrários ao seu nome, além da dificuldade que a sigla historicamente possui de fazer alianças.
O Partido dos Trabalhadores que tem uma relação eleitoral razoável com os aracajuanos vive uma crise interna explícita, motivada por vaidades e interesses pessoais, o que prejudica alguns possíveis nomes petistas construirem uma pré-candidatura com mais convicção. O PT precisa mergulhar numa "DRI" (Discussão de Relação Interna) bem profunda, para depois dialogar com possíveis vizinhos com mais leveza.
O Democracia Cristã está "ON" com a pré-candidatura do ex-deputado federal Mendonça Prado, que reconhece todas as dificuldades de disputar uma eleição majoritária, principalmente de uma capital, onde se requer boa estrutura para atender as necessidades que um pleito eleitoral requer, mas, mesmo assim, se mostra disposto para encarar o desafio a qualquer custo, e com todas as dificuldades. Podemos dizer: "Vai na Fé"!
No CIDADANIA o nome do vereador Ricardo Marques é citado sobre a possibilidade de ser o candidato majoritário do partido na capital, mas, tudo não passa de uma boa promoção para o caminho de sua candidatura à reeleição para Câmara de Vereadores, o que finda sendo muito bom para seu objetivo pessoal.
Onde mais se diz que a discussão sobre Aracaju só acontecerá a partir de janeiro de 2024, as orelhas de muitos "esquentam" por terem seus nomes citados em diversas rodas de conversas entre aliados. Me refiro ao grupo aliado do governador Fábio Mitidieri e do prefeito Edvaldo Nogueira.
Atualmente estão juntos nesse bloco os partidos: PSD, PDT, UB, PP, Republicanos, PSDB, PODEMOS, e muitas lideranças que estão filiados a outras siglas fora desse alinhamento, porém, estarão colados com a decisão do bloco governista.
Nesse grupo são muitos nomes que se dispõem à escolha de ser escolhido para a sucessão de Edvaldo Nogueira. Até aqui são: Belivaldo Chagas, Katarina Feitoza, Nitinho Vitale, Wanesca Barbosa, Luiz Roberto, Zezinho Sobral, Garibalde Mendonça, Fabiano Oliveira, Danielle Garcia. Além desses, o deputado federal Rodrigo Valadares que é do União Brasil se coloca à disposição, mas, tem muita dificuldade de ser maioria entre as lideranças do agrupamento.
Dentre esses nomes citados, alguns deles sendo escolhido pelo grupo governista traçam um novo desenho político para eleição além de 24, ou seja, para 2026, o que farei em novos textos com mais especificidades.
Certo mesmo é que não há silêncio em política.