Retorno do programa Academia da Cidade promove saúde física e psicológica a usuários
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Publicado em 04/10/2022

Espaços de promoção da qualidade de vida, assim podem ser chamados os 12 polos do Programa Academia da Cidade (PAC) que já retornaram às atividades após uma pausa ocasionada pela pandemia de coronavírus (Covid-19). Criado há 18 anos pela Prefeitura de Aracaju, a iniciativa alia exercícios físicos com a possibilidade de socialização, contribuindo para a melhoria da saúde do corpo e da mente de quem participa.

Atualmente, 12 polos estão ativos, localizados no Sol Nascente, Castelo Branco, Maracaju, Santa Maria, Luzia, Augusto Franco, Santos Dumont, América, Bugio, Centro de Criatividade e Uninassau.

As aulas iniciam, de segunda a sexta-feira, às 5h30, com exceção dos pólos Castelo Branco, onde as atividades seguem o mesmo horário, mas apenas às segundas, quartas e sextas; e Uninassau, que também possui a mesma programação de três dias, mas pela tarde, a partir das 16h.

A retomada da iniciativa tem ocorrido após uma bem-sucedida campanha de imunização contra o coronavírus, e as aulas têm sido bastante celebradas, uma vez que são importantes para o bem-estar de quem usufrui.
“As aulas proporcionam aos usuários uma melhora na qualidade de vida, tanto do ponto de vista do combate às doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, hipertensão e diabetes, quanto pela oportunidade de socialização”, explica o coordenador do programa Academia da Cidade, Walter dos Santos.

O cidadão que quiser participar do projeto, aponta Walter, precisa comparecer a um dos polos munido do seu cartão do SUS, número de prontuário eletrônico, que consegue na UBS do bairro, e comprovante de residência. Por ser demanda espontânea, um dos educadores físicos fará uma anamnese (entrevista avaliativa realizada pelo profissional) e cadastro.

O retorno das atividades tem sido celebrado efusivamente por pessoas como Maria Irene Andrade, de 58 anos.

“Eu gosto demais da atividade física porque a gente se sente melhor, mais disposto para as atividades do dia a dia. Também é bom poder sair de casa um pouco, ver as amigas, me sinto mais feliz”, conta Irene.

Para uma das frequentadoras mais recentes, dona de casa Maria Rosângela Santana, de 50 anos, trata-se da oportunidade de aprender a viver de uma forma diferente, mais saudável, assim como manter contato com uma rede de afeto e gentileza.

“Comecei agora e tô achando muito bom porque muda nosso estilo de vida, promove a saúde. É bom também frequentar um lugar onde as pessoas são amigas, já se conhecem da vizinhança, acho bastante divertido”, afirma Rosângela.

O aposentado Armando Bispo, de 67 anos, concorda e ressalta a sua satisfação com o que teve contato até o momento, desde as melhorias físicas quanto as que estão ligadas à mente.

“Comecei a frequentar este ano e tem sido uma experiência muito boa, porque você trabalha o psicológico, a coordenação motora, o físico, além da interação com o pessoal. Com certeza fazer parte do programa melhora a qualidade de vida. É uma sensação de alegria, você se sente bem ao fazer as atividades”, relata Armando.

Talvez um dos casos mais emblemáticos de transformação e melhora na qualidade de vida seja o caso de Lucineide de Jesus, que conheceu o PAC há mais de uma década, durante uma fase difícil, e viu o acolhimento que recebeu e as atividades lhe ajudarem a superar o momento e recuperar a alegria de viver. Tudo graças a um convite feito por Maria José Rezende, de 81 anos.

Foi ela que me trouxe para cá, estava com uma depressão, depois de perder a minha mãe. Me convenceu a vir pro Academia e foi a melhor coisa que eu fiz porque me trouxe alegria, me divirto com minhas colegas, bato papo e isso me ajudou a ser outra pessoa. Deixei os remédios para depressão e ansiedade para trás. São 14 anos frequentando”, declara Lucineide.

A octogenária que fez convite à Lucineide continua a frequentar o PAC, mesmo com a capacidade de acompanhar os exercícios um pouco reduzida. Após 18 anos de contato com o projeto, continua apaixonada por tudo que ele significa.

“Desde que surgiu, frequento e já estou com 81 anos e continuo vindo. Às vezes, não consigo fazer tudo, por conta da saúde. Fico sentada, mas não deixo de vir. É uma coisa boa, fiz muitas amizades, conheço todo mundo”, ressalta Maria José.

Foto: André Moreira

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