Forró Caju 2024: Prefeitura de Aracaju promove campanha de conscientização para o combate à violência contra a mulher
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Publicado em 26/06/2024

Além da campanha de conscientização, profissionais atuam em parceria com a Patrulha Maria da Penha (PMP)

Com o objetivo de atender ao protocolo instituído pela Lei Federal 14.786 de 2023, a Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Secretaria Municipal da Assistência Social, promove a campanha de conscientização intitulada “Quando eu digo não, é não! Me respeite, mô fi!" durante o Forró Caju 2024. Na noite desta terça-feira, 25, com distribuição de leques informativos e diálogo com ambulantes, as equipes do Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (Cram) promovem a conscientização dos forrozeiros e forrozeiras para o respeito à mulher durante o evento. Além da campanha de conscientização, profissionais atuam em parceria com a Patrulha Maria da Penha (PMP) da Guarda Municipal de Aracaju (GMA), no contêiner da Central de Acolhimento - SOS Maria da Penha.

Na véspera do Forró Caju, a equipe do Cram, em parceria com a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) e outros órgãos da administração municipal, promoveu uma reunião com representantes dos bares e ambulantes do evento. O objetivo foi explicar como essas pessoas podem ajudar na identificação e denúncia de situações de violência contra a mulher na festa. “O Cram vem participar de mais uma edição do Forró Caju. Agora, com a grande novidade de estarmos aqui de plantão durante todos os dias do evento, fornecendo informações a respeito da violência e do respeito. A gente vem reforçando quais são os canais de denúncia, reforçando também que é uma lei federal. Então, visitamos todos os espaços públicos e todos os bares e restaurantes antes do evento, conversamos com os proprietários e com o pessoal que está trabalhando sobre como acessar e informando que estamos à disposição durante todas as noites”, explica a coordenadora de Políticas para as Mulheres e interina do Cram, Edlaine Sena.

A coordenadora detalha ainda que o resultado das ações tem sido muito bom e que há uma aceitação muito boa. "As pessoas já nos identificam bem e têm uma aceitação boa pelo material. Estamos na terceira noite de evento, e até agora não tivemos ocorrência nenhuma, muito pelo contrário, o pessoal vem dar os parabéns. Os turistas também dão parabéns, porque dizem que não observam isso em outros estados”, frisa a coordenadora.

O vendedor ambulante Rodrigo do Santos Almeida aderiu à campanha e fala da importância de todos estarem conscientes do combate à violência contra a mulher. “O respeito às mulheres tem que acontecer desde sempre, desde o princípio, do berço, vem de lá. E não, é não. Não tem o que questionar. Se a mulher disse não, é não. É isso. Tem bastante policiamento e segurança também, nos adesivos tem o número, só indicar para denunciar”, diz. 

A assistente de ouvidoria Ana Paula Barboza Sousa é do estado da Bahia e está aproveitando os festejos juninos na capital. Durante a abordagem da equipe, relatou já ter passado por um caso de violência. Para ela, saber que existe uma equipe promovendo uma campanha de conscientização tão importante no evento faz com que as mulheres se sintam mais seguras. “É muito importante porque muitas vezes a violência é banalizada. A gente sempre ouve que a gente apanha porque gosta de apanhar. Então, esse apoio às mulheres tem um significado muito grande para quem já passou por isso. Muitas vezes, a gente passa pela violência, alguém vê, e não denuncia. A gente sabe que qualquer pessoa pode denunciar. Eu não sou daqui, mas eu começo a me sentir segura dentro desse espaço. Isso é muito importante. A violência faz a mulher se sentir um lixo. A gente, enquanto mulher, tem a autonomia de ser quem a gente quiser. Eu estou muito feliz de ver essa campanha dentro aqui do Forró Caju”, disse Ana Paula.

Para a vendedora Cristiane Borges Galvão, a campanha garante uma maior proteção às mulheres, tendo em vista que, além de conscientizar as pessoas, as equipes informam sobre a presença de equipes especializadas para atender esse tipo de ocorrência. “Eu acho o trabalho muito importante porque a gente se sente segura. Hoje em dia, a maioria dos homens não respeita a gente. Então, com vocês fazendo esse trabalho, é muito seguro para a gente. A gente se sente mais confortável”, afirma.

Foto: Mateus Souza / Assistência Social

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