Uma alimentação adequada no período da gestação e pós-nascimento é fundamental para assegurar os nutrientes adequados ao fortalecimento do corpo materno, e a redução dos riscos de infecções, além de beneficiar a produção do leite materno. Por isso, a Maternidade Municipal Lourdes Nogueira, unidade da rede municipal de Saúde de Aracaju e primeiro complexo materno-infantil da capital, conta com um processo de acompanhamento nutricional orientado para segurança, respeito e afeto, com refeições disponibilizadas tanto para as mães, os recém nascidos, como aos acompanhantes e colaboradores da unidade.
São, em média, 620 refeições distribuídas por dia, uma comida que, além de saborosa, possui toda a qualidade nutricional necessária para que cada pessoa possa ser bem alimentada em circunstâncias tão especiais, como trazer à vida uma nova geração. De acordo com a referência técnica em Nutrição, Greice Milena Reis, o cuidado com a saúde nutricional do paciente acontece desde a entrada na maternidade até a alta. Quando há necessidade de internamento, a referência conta que é executado o processo de admissão nutricional, quando é feito o rastreio do paciente, com triagem de risco nutricional.
“Fazemos uma anamnese alimentar para saber sobre os hábitos, se há alguma restrição, alergia ou intolerância, para que a gente consiga fazer uma prescrição dietética mais assertiva, que seja mais aceita. Durante toda a estadia na unidade, acontecem visitas diárias das nutricionistas, para fazer os ajustes, caso necessário, como também o acompanhamento clínico para visualizar perda de peso ou alguma alteração gastrointestinal. Há um cuidado também em relação ao recém-nascido, não apenas da amamentação, mas do uso das fórmulas, caso seja preciso. Para isso, seguimos todos os parâmetros de preparo e oferta seguros, para manter o aporte nutricional e proporcionar um ganho de peso adequado”, explica Greice Milena Reis.
Todo o ciclo de produção dessas refeições é supervisionado, tanto para certificar a segurança dos produtos quanto para garantir que eles sejam agradáveis, causando uma reação positiva biológica, mas também psicológica e social.
“A gente tem vários feedbacks positivos, inclusive, sobre a qualidade das refeições. É algo que a gente preza, não apenas no sentido da vigilância sanitária, da oferta de alimentos seguros, mas também uma refeição que aconchega, que respeita os hábitos alimentares. Desde o recebimento dos alimentos, a preparação e oferta, tanto no refeitório quanto nos leitos, há um acompanhamento. A gente mantém um fluxo de rastreabilidade, para compreender um caso de alguma intercorrência com alguém que consumiu a refeição, de maneira a saber a série histórica, de onde ela saiu, qual a temperatura no momento do preparo, no acondicionamento, para entender a situação e evitar que ela se repita”, ressalta Greice.
O resultado da responsabilidade somada ao afeto é a satisfação das aracajuanas atendidas na maternidade, que exaltam desde a atenção dos profissionais, a agilidade na realização dos procedimentos, até a qualidade da alimentação em si, como aponta Ana Santos de Jesus, 40 anos, moradora do bairro São Conrado e mãe de Enzo Lohan.
“O atendimento aqui foi super ótimo, gostei bastante. Não demorou nada, foi ágil. Em relação à alimentação está tudo perfeito. É muito importante, porque a gente precisa de força para amamentar o bebê”.
Para a dona de casa Taís Kelly Sacramento, 35 anos, moradora do Santos Dumont e mãe da Maitê, a extensão da oferta de refeições para os acompanhantes promove ainda outra vantagem para as usuárias: a segurança de poder contar com suporte ininterrupto.
“O atendimento foi excelente, e o parto também. Todos os processos que eu fiz foram muito bons. A gente passou pela nutricionista, e ela explicou o que era necessário, não tenho do que reclamar, não. Tudo de boa qualidade, tudo perfeito. Os acompanhantes podem receber as refeições também. É importante que esse tipo de cuidado aconteça, porque faz a gente se sentir mais segura, porque a pessoa não vai precisar se deslocar para outro lugar para comer, a gente sabe que ela vai estar por perto”, aponta.
As vantagens alcançam ainda os trabalhadores da unidade, que além de ter acesso a uma refeição balanceada, economizam tempo e recursos, o que impacta positivamente na sua qualidade de vida e, em consequência, na própria realização das atividades cotidianas.
“Eu já trabalhei em outras instituições e esta é a primeira em que eu posso comer no local, onde há essa oferta, porque nos outros lugares eu sempre levava minha comida de casa. Acho excelente, você vê tudo organizado, a comida bem colorida, aí o apetite até aumenta. Além disso, não preciso mais me preocupar em cozinhar em casa para trazer, fica bem mais cômodo”, ressalta a técnica de enfermagem Ieda Maria Santana, que há 25 anos atua no cuidado materno-infantil em outras unidades.
Foto: Marcelle Cristinne/PMA