O recente Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 7 de dezembro, trouxe notícias animadoras para o setor agrícola sergipano. O estado, conhecido por sua relevância na produção de milho, apresentou um aumento expressivo na safra de grãos em 2023, consolidando-se como um dos principais polos agrícolas do Nordeste.
De acordo com os dados revelados, a produção total de grãos em Sergipe atingiu a marca de 1.028.554 toneladas, representando um impressionante crescimento de 10,4% em comparação ao ano anterior. O protagonista desse cenário é o milho, que pelo segundo ano consecutivo registrou uma safra recorde de 986.951 toneladas, marcando um notável aumento de 11,2% em relação ao ano passado. Essa conquista não apenas consolida a posição de destaque do estado no cenário nacional, mas também representa a maior colheita da série histórica iniciada em 2009 pelo IBGE.
Os números impressionantes não param por aí. A previsão de área colhida de milho para o ano de 2023 é estimada em 180.002 hectares, indicando um crescimento de 3,7% em relação ao ano anterior. Esse desempenho é o melhor desde 2010, evidenciando a resiliência e a capacidade de adaptação dos produtores sergipanos às condições de mercado.
O secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, destaca que a estabilidade na média da área plantada reflete investimentos consistentes em tecnologia, assistência técnica e tratos culturais. Segundo ele, "a produção e produtividade estão em ascensão, o que demonstra o comprometimento dos produtores com a modernização e eficiência do setor agrícola em Sergipe".
É importante ressaltar que, mesmo diante de desafios como chuvas irregulares, os resultados positivos prevaleceram. Na visão do secretário, as chuvas que atrasaram o plantio em algumas regiões não impediram que o estado se destacasse como o 4º maior produtor de milho no país, ficando atrás apenas de Bahia, Piauí e Maranhão, e alcançando o 1º lugar em rendimento médio na região Nordeste, com uma produtividade de 5.483 kg/ha.
Zeca da Silva atribui a liderança de Sergipe na produção de milho a diversos fatores, como a introdução de boas práticas culturais, mecanização de alta tecnologia, insumos adequados e acesso facilitado ao crédito agrícola. Além disso, destaca os preços atrativos no mercado nacional e internacional, bem como os incentivos fiscais concedidos pelo Governo de Sergipe desde 2019, reduzindo a alíquota do ICMS de 12% para 2%.
Uma perspectiva ainda mais promissora se desenha com a expansão das exportações de milho produzido em Sergipe. O Terminal Marítimo Inácio Barbosa (TMIB) já testemunha cerca de 50% das 60 toneladas exportadas originárias do próprio estado, indicando um fortalecimento da presença sergipana no mercado internacional.
Os municípios de Simão Dias, Carira, Frei Paulo, Nossa Senhora da Glória, Gararu e Feira Nova despontam como os maiores produtores de milho em Sergipe. Com destaque para Simão Dias, que não apenas apresenta a maior produção como também ostenta a maior produtividade.
O chefe do escritório da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) em Simão Dias, Cesar Valadares, ressalta o desempenho positivo da produção local, projetando uma colheita total estimada em 194 mil toneladas no município, com uma notável média de rendimento de 6.930 quilos por hectare.
Em resumo, os dados revelados pelo LSPA apontam para uma realidade promissora no setor agrícola de Sergipe em 2023, com o milho liderando essa trajetória de sucesso. O comprometimento dos produtores, aliado a investimentos em tecnologia e políticas governamentais favoráveis, solidificam a posição do estado como um dos grandes protagonistas no cenário agrícola brasileiro.
Com informações da Seagri
