Gestão democrática amplia participação da comunidade na condução das escolas municipais de Aracaju
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Publicado em 26/07/2023

A gestão democrática nas escolas municipais de Aracaju é um modelo que tem ampliado o envolvimento da comunidade e auxilia as equipes na condução dos trabalhos nas unidades de ensino. A escolha para o cargo de direção escolar é definida pela Lei Complementar nº 166 de 2018, e composta por três fases específicas. A primeira é a Certificação, que compreende um curso em gestão escolar, mais um exame de certificação, que se constitui na elaboração de um plano de ação em gestão escolar específico para cada unidade de ensino.


O curso, ofertado pela Coordenadoria de Gestão Educacional (Coged) e Centro de Aperfeiçoamento e Formação Continuada da Educação (Ceafe), tem como público-alvo os profissionais do magistério da rede que já são ou pretendem se candidatar à função de diretor ou coordenador pedagógico/administrativo das escolas do município. A formação inicial possui carga horária de 20 horas e exige uma frequência de 75%. A capacitação conta com palestras sobre as dimensões financeiras, administrativas e pedagógicas da escola.

“Neste curso são discutidos temas extremamente importantes, como alfabetização, acompanhamento e avaliação dos indicadores que a escola apresenta, a função financeira e administrativa na escola, e a importância do planejamento. Além disso, é feito todo um trabalho de orientação para que os participantes possam elaborar o plano de ação”, explica a coordenadora de Gestão Educacional da Semed, Maria José Guimarães, ao ressaltar que, após essa fase, é publicada uma relação no Diário Oficial com os nomes dos candidatos habilitados a concorrer à eleição na escola.

Já no exame, que é a elaboração de um plano de ação, o candidato  deve ter 70% de aproveitamento. O plano tem que apresentar diversas situações que dizem respeito à organização da escola, oferta dos recursos disponíveis, desafios que são colocados para aquela comunidade, além de objetivos, metas, formas de acompanhamento e de avaliação, e pode ser elaborado individualmente ou em dupla.

Participação da sociedade
A segunda fase é a eleição com a participação da comunidade escolar. Maria José Guimarães ressalta que a eleição na escola acontece por chapa, que poderá ser composta por um diretor, um coordenador pedagógico e um coordenador administrativo. A votação é feita por pais, professores, servidores da escola e alunos maiores de 14 anos. A terceira e última fase é a nomeação propriamente dita, feita pelo secretário da Educação.

O processo de escolha da gestão escolar acontece a cada dois anos. O primeiro aconteceu em 2019, para o mandato do biênio 2020 e 2021. No final de 2021 foi realizado o segundo processo, para o biênio de 2022 e 2023. Os atuais gestores têm os seus mandatos até o dia 31 de dezembro, e o novo processo de escolha, que já está em andamento, será para o mandato a ser iniciado em 2024.

"É um processo que é respaldado pela comunidade. É importante dizer que a gestão democrática não se encerra na eleição; ela se efetiva, principalmente, no dia a dia, na participação. Não são os gestores apenas que vão estar na condução da escola, mas essencialmente, toda a comunidade que estará acompanhando esse processo. Quando acontece esse acompanhamento permanente, o resultado é muito melhor. Hoje, a gente espera que isso ocorra com a melhoria da aprendizagem para os nossos alunos”, pontua Maria José Guimarães.
 
 
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