O superintendente municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) de Aracaju, Renato Telles, participou nesta sexta-feira, 26, junto com representantes de sindicatos, associações e da sociedade civil, de audiência pública realizada na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), de autoria da Comissão de Obras, Serviços Públicos, Tecnologia, Segurança, Administração, Transportes e Comércio. A audiência teve como tema "mobilidade urbana e os diversos modais de transporte”, onde foram explanadas demandas e ideias para a mobilidade da capital.
Durante audiência, Renato Telles detalhou as ações realizadas pela Prefeitura de Aracaju, considerando benefícios entregues à população e também desafios a serem superados. "O trabalho da atual gestão tem fluído com ações que se completam, tais como a fibra ótica e os semáforos inteligentes, que se apropriam da tecnologia para levar mais sincronismo e agilidade ao trânsito; reformas dos terminais de integração, a exemplo do DIA e da Atalaia e construção do novo Terminal do Mercado. Faremos em breve também, a reforma do Terminal da Zona Oeste. Além disso, tivemos a construção dos corredores de mobilidade, que prioriza o transporte público”, elencou.
Outra observação feita pelo gestor durante a audiência é que 53% da frota de ônibus do sistema tem menos de cinco anos de uso. "Temos uma frota que precisa ser melhorada, sim, e temos consciência disso, mas já avançamos muito. Temos mais da metade da frota mais nova que a da grande maioria das cidades do Brasil, em especial, do Nordeste. São essas ações e outras, também com foco na mobilidade urbana que visam a qualidade de vida na nossa cidade", complementou Renato.
O presidente da comissão, Breno Garibalde, considera que o tema mobilidade urbana representa um grande desafio para as capitais brasileiras, e Aracaju não é diferente. "A audiência pública foi muito importante para que possamos ouvir os anseios da sociedade e o posicionamento da gestão. A mobilidade urbana só vai funcionar quando todas as partes envolvidas pensarem e funcionarem de forma integrada, e não de forma individualizada, por isso, a importância desses locais de debates. Percebemos, nesse cenário, o empenho da superintendência da SMTT de Aracaju, em tentar responder os questionamentos, e pretendemos avançar com novas audiências", declarou.
Participantes
Participaram da audiência pública representantes de diversos tipos de modais existentes em Aracaju, tais como motoristas de aplicativos, táxis bandeira e lotação, mototáxi e bicicletas. O membro do Movimento Ciclo Urbano, Waldson Costa, reforça que a coletividade é o pensamento em vigor quando o assunto é mobilidade urbana.
“Se há apenas a preocupação com a própria locomoção, se reverte a lógica de coletividade na cidade. O consumo energético no transporte público tem que ser uma pauta de interesse do usuário, já que quando se usa um transporte individual ou coletivo, se tem também uma lógica de impacto ambiental, social e individual, ou seja, não adianta pensar somente no impacto financeiro se os outros pré-requisitos não estão inseridos, que têm a ver com a saúde coletiva", pontuou.
Outras melhorias
Quanto a inserção de novos ônibus no sistema de transporte coletivo, a SMTT de Aracaju ainda destaca início da renovação da frota em 2019, com a entrega de 30 veículos. Em 2021, foram mais 41 ônibus, e em 2022, mais 50. Em 2023, mais 20 veículos foram inseridos no sistema, contabilizando, ao todo, 141 novos ônibus circulando na capital e na Grande Aracaju.
Fotos: Gilton Rosas | CMA e Ascom/SMTT