Somente nos quatro primeiros meses deste ano, a Prefeitura de Aracaju já realizou dois leilões de bens inservíveis, iniciativa realizada desde 2017 a partir da qual o município vende itens que não têm mais serventia para a administração e arrecada recursos para a aquisição de equipamentos tecnológicos, a exemplo de computadores novos, o que contribui para a qualificação dos serviços ofertados à população.
Além disso, com esses leilões, de acordo com a Secretaria do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplog), o Município economiza cerca de R$50 mil mensais em aluguel de galpões para o armazenamento desses itens. Este ano, com os dois certames já realizados, a Prefeitura zerou o estoque de itens armazenados nesses locais e um outro leilão está previsto para ser realizado ainda neste semestre.
“Com os leilões de bens inservíveis conseguimos devolver ao mercado itens que não servem mais para reaproveitamento através de sucatas, mas que ainda estão em bom estado para comerciantes. Isso permite que esse recurso retorne para o município, transformado em investimentos na área de tecnologia e melhorando cada vez mais os equipamentos de trabalho dos nossos servidores”, destaca o gestor da Seplog, Augusto Fábio Oliveira.
Um dos membros da comissão de leilão da Prefeitura, Poliana Barreto, explica que os itens que vão a leilão são provenientes de várias secretarias e órgãos municipais, os quais permanecem guardados em galpões e são classificados como inservíveis ou recuperáveis, "tudo dentro de uma norma reguladora", frisa Poliana.
“Os itens ficam armazenados até que uma comissão realize uma triagem sobre esses materiais. Se o item realmente não tiver recuperação, ou seja, considerado inservível, é feita uma pesquisa de mercado sobre ele e para que seja inserido na tabela de entrada para leilão”, explica.
Com a realização de leilões este ano, a Prefeitura de Aracaju já arrecadou mais de R$250 mil, montante que será revertido em equipamentos para garantir a modernização contínua do parque tecnológico da administração municipal. Desde que começou a realizar esta ação, a Seplog já arrecadou um montante próximo a R$1,2 milhão.
Por ser realizado de forma 100% online, esses leilões dinamizam a participação de interessados, não só do estado de Sergipe, mas de todo o território nacional. É forte e recorrente a participação de arrematantes do Rio Grande do Norte, Bahia, Ceará e de outros estados do Brasil. Uma outra vantagem da realização online é que a gestão pública não executa gastos com material e aluguel de espaço, o que gera ainda mais economia para os cofres do município.
“Com esses leilões, o que é considerado inservível para o município nem sempre é inservível para o mercado, porque existem alguns comércios que se beneficiam com esses itens. Então, a Prefeitura oferta esse material com preço de concorrência dentro do mercado e as pessoas com pequenos negócios, pequenas empresas, ou que estão querendo iniciar uma empresa também procuram esses objetos da Prefeitura para iniciar seus negócios”, explica Poliana.