Para 82% das brasileiras, diferença de salários alimenta desigualdade de gênero, diz relatório
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Publicado em 13/09/2022

 

Estudo mostra ainda que liberdade sexual é um dos direitos mais desiguais no País, segundo maior parte da população feminina 

 

De acordo com a percepção de 82% da população brasileira, um dos principais fatores para a desigualdade de gênero no País é a diferença de salários entre homens e mulheres, além das oportunidades no mercado de trabalho. Foi o que mostrou o relatório Observatório Febraban Mulheres, Preconceito e Violência, realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe). Para a senadora por Sergipe Maria do Carmo Alves (PP), o dado demonstra que os cidadãos estão atentos às desigualdades presentes no Brasil, e que são necessárias respostas ao problema.

 

“A desigualdade salarial no País não é identificada apenas em levantamentos estatísticos, mas pela própria vivência do povo, que vivencia esses números diariamente, em especial as mulheres, que são as vítimas dessa injustiça. É nossa obrigação, enquanto representantes desse mesmo povo, oferecer-lhes respostas adequadas, eficazes e inteligentes, na forma de políticas públicas, em conjunto ao Poder Executivo”, destacou a parlamentar, acrescentando, ainda, que a percepção sobre a desigualdade de gênero no Brasil vai além e inclui outros fatores.

 

O levantamento da Febraban, que entrevistou 3 mil mulheres, mostrou também que 71% das entrevistadas afirmaram que liberdade sexual e direitos em geral são fatores determinantes para a desigualdade de gênero na sociedade brasileira. “Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil são mais de 11 milhões de mulheres unicamente responsáveis por cuidar de seus filhos e filhas. Além disso, sabemos que, no País, recai sobre a mulher a obrigação das responsabilidades domésticas e familiares. Isso as priva de uma série de possibilidades, incluindo a capacitação técnica e o acesso ao lazer”, ressaltou Maria.

 

VALORIZAÇÃO DAS MULHERES

 

A trajetória política de Maria do Carmo Alves como senadora é marcada pela defesa dos direitos das mulheres e do empoderamento feminino. É de autoria da parlamentar, por exemplo, o Projeto de Lei Suplementar (PLS) 398/2018, que estimula a participação feminina nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, e mitiga barreiras contra mulheres nessas áreas. A propositura foi aprovada em 2021 no Senado Federal, quando foi enviada para análise na Câmara dos Deputados.

 

Também é de autoria da parlamentar o Projeto de Lei (PL) 7179/2017, que tramita no Senado. A propositura determina que os conselhos de administração das empresas públicas e das sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas, e demais empresas em que a União detenha maioria do capital social com direito a voto, pelo menos 30% dos membros titulares devem ser mulheres. “Nosso trabalho no Congresso Nacional sempre foi no sentido de lutar para garantir direitos, segurança e oportunidades às brasileiras, que tanto sofrem com as consequências do machismo ainda, infelizmente, muito presente no País”, enfatizou.

 

 

 

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