Pensando na redução de animais que vivem nas ruas da cidade, evitando, assim, o surgimento de zoonoses, que são as doenças transmitidas de animais para humanos, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), realiza castrações no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), através do Castramóvel. Além de ofertar o serviço para animais de pessoas físicas (PF), a SMS também atende a Organizações Não-Governamentais (ONG’s).

De agosto de 2021 a junho de 2022, o serviço,  que é ofertado gratuitamente, já realizou a cirurgia de mais de 405 animais de ONG’s, uma média de 40 por mês, sendo 250 gatos, 91 gatas e 64 cães. O número poderia ter sido maior se 70 animais não tivessem faltado à cirurgia no dia agendado.

O novo cadastro para castração de animais foi disponibilizado no mês de maio, e mais de 2.500 foram efetuados. Para que seja realizado o cadastramento, o tutor do animal deve acessar o link: https://bit.ly/3wQ7I5r. Vale destacar que pessoa física pode cadastrar até cinco animais, já as ONGs não têm limites de cadastro.

De acordo com o médico veterinário do CCZ, Sidney Michael, o principal objetivo da castração é o controle populacional de animais errantes, que são aqueles que vivem nas ruas reproduzindo.

“Quando castramos os animais de ONG’s, conseguimos diminuir, ainda mais, o número de animais errantes, além de diminuir, também, a disseminação de doenças que são as zoonoses, aquelas que passam dos animais para os homens. Muitas ONG’s trazem os animais delas, mas também abrem espaço para a população. Até porque, normalmente, quando elas disponibilizam para adoção, prometem a castração ao tutor, então, trazem para o CCZ, para fazer a cirurgia”, explica o veterinário.

Apesar do serviço ser totalmente gratuito, exige alguns pré-requisitos: os responsáveis, pessoa física, devem ter renda de até 1,5 salário mínimo e poderão cadastrar até cinco animais; no caso das ONG’s, estas podem cadastrar quantos animais quiserem. Os cães e gatos devem ter idade entre 4 meses e 8 anos de idade; animais comunitários, que vivem em locais públicos, poderão ser esterilizados, desde que alguém se responsabilize e tenha um lar temporário para a recuperação pós-cirúrgica, assim como também as ONGs, Projetos e Protetores Independentes. Lembrando que só estão sendo castrados gatos (machos e fêmeas) e cachorros machos.

Animais contemplados

O felino da aracajuana Juliana Menezes, chamado Scar, foi um dos contemplados pelo projeto. A tutora conta que o processo aconteceu através do Instituto Safira, que intermediou junto ao CCZ.

“Eu tive um encaminhamento pela ONG e, no Centro de Zoonoses, foi tudo muito rápido. Como ele era de rua, teve vários probleminhas de saúde, foi tratado, e só agora é que pôde ser castrado”, conta Juliana.

O tutor Marcos Roberto conseguiu levar quatro felinos, sendo três fêmeas e um macho, para serem castrados no CCZ.

“Cadastramos pelo site e, aí, aguardamos para sermos chamados. Recebemos um atendimento muito legal quando chegamos e ficamos tranquilos em deixar os animais. Se tivesse que pagar por esse serviço, teríamos que juntar muito dinheiro”, revela Marcos, satisfeito.