Resiliência: medidas estratégicas da Prefeitura deixaram no passado situações graves de inundações e enchentes
03/08/2022 18:42 em Últimas Notícias

O ano de 2022 está sendo marcado por um grande volume de chuvas, em uma incidência que tem causado graves consequências em diversas cidades do país. No entanto, por conta do trabalho de anos da Prefeitura de Aracaju, a capital sergipana não registrou nenhuma uma ocorrência grave, e os investimentos realizados em regiões estratégicas deixaram no passado os problemas de alagamentos e enchentes em diversos pontos do município, o que tem sido celebrado pelos aracajuanos.

Desde de 2017, a administração municipal mantém um planejamento para aumentar a capacidade de resiliência da cidade às chuvas intensas. Ações como a criação dos Núcleos de Defesa Civil da Comunidade (Nudec), mapeamento das áreas de risco e estruturas essenciais, limpeza sistemática dos canais, cobertura de encostas e a criação de um serviço de alerta, aliadas aos investimentos em infraestrutura urbana, têm minimizado de forma importante os problemas relacionados ao tempo chuvoso.

“Tivemos 1.300 milímetros acumulados apenas no primeiro semestre, o que, pela média histórica, seria o esperado para o ano inteiro. Isso está proporcionalmente relacionado ao número de ocorrências. Não fosse a resiliência da cidade, o aumento da capacidade de drenagem, a eliminação de áreas de risco e construção de encostas em áreas de deslizamento de terra, enfim, todo o aparato da Prefeitura voltado à redução do impacto das chuvas, teríamos ocorrências muito mais graves”, explica o secretário da Defesa Social e Cidadania, tenente-coronel Silvio Prado.

Utilizando os recursos de forma inteligente foi possível transformar realidades de milhares de aracajuanos, como aqueles que transitam, moram ou trabalham nos arredores da avenida Euclides Figueiredo, onde a administração municipal, em projeto conveniado com o Governo Federal, com investimento de aproximadamente R$9 milhões, realizou o recapeamento de toda a extensão da via e a urbanização dos conjuntos ao redor, de maneira a impermeabilizá-los, reduzindo a quantidade de resíduos que se agrupam e impedindo, assim, as obstruções da rede de drenagem.

“A diferença é muito grande depois da obra aqui porque, antigamente, a água entrava e demorava horas para escoar. Hoje, mesmo com chuva forte, a água escoa em questão de minutos”, afirma o mecânico Adevaldo Santos, que trabalha no local.

Para Williames Santos, que também possui uma oficina mecânica na avenida, a mudança proporcionada pela Prefeitura impede a perda de clientes e dias de trabalho, e aumenta sua sensação de segurança.

“Eu tenho essa oficina há quatro anos. Quando chovia, a gente não vinha trabalhar, não. Hoje, não alaga mais. Com certeza favoreceu meu negócio porque, antes, eu pedia até material. Dá para dormir mais tranquilo, relata Williames.

Ainda na zona Norte, o investimento feito no loteamento Rosa do Sol, no bairro Soledade, superior a R$7,7 milhões, com a implantação das redes de drenagem, esgotamento sanitário e pavimentação de 19 ruas, pôs fim ao sofrimento de quem, há anos, vivia em meio a poeira, a lama e em ambientes insalubres.

“Era muita lama e a água subia até as casas, então, era comum a gente perder as coisas. Dava muito medo porque a gente luta tanto para ter e perdia de uma hora para outra. Depois dessa obra, melhorou muito. Comparado ao que era antes está ótimo”, aponta a autônoma Carla Santos.

A aposentada Maria Rosa, 78 anos, que mora há 35 no Largo da Aparecida, uma região sensível por conta da sua geografia, tem observado a atenção constante da administração municipal, que, através da Defesa Civil, monitora a região, da Empresa Municipal de Obras e Urbanização e da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) realiza trabalhos preventivos para evitar enchentes e alagamentos, o que a deixa esperançosa.


“Hoje está chovendo mais e não alaga como antes. Eu agradeço a Deus, primeiramente, e depois por essas ações da Prefeitura porque serviu muito bem a gente. Antes, quando chovia forte, o povo se deitava e quando acordava estava dentro d'água. Este ano, não aconteceu e eu tenho fé que não vai ter enchente mais”, ressalta Maria. 

 

Foto: Felipe Goettenauer

 

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