Situação crítica do Hospital Universitário de Lagarto (SE) é tema de reunião no MPF
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Publicado em 21/07/2022

A secretária de Estado de Saúde foi convocada para participar da próxima reunião sobre o assunto, marcada para 25 de julho

A situação caótica em que se encontra o Hospital Universitário de Lagarto (HUL), em Sergipe, foi tema de reunião que ocorreu nesta terça-feira, 19, no Ministério Público Federal (MPF). Na ocasião, a procuradora da República Aldirla Albuquerque ouviu os relatos dos representantes do HUL, do Conselho Regional de Enfermagem em Sergipe (Coren/SE) e do Conselho Regional de Medicina do Estado de Sergipe (Cremese).

O encontro se deu após inspeção do MPF no HUL, que ocorreu na quinta-feira, 14 de julho. Na diligência, a procuradora da República Aldirla Albuquerque confirmou as informações que já havia recebido de denúncias da população. “O Hospital está superlotado. Há muitos leitos improvisados, com diversos pacientes nos corredores, inclusive na ala amarela, que é para onde são levados os casos graves”, relatou a procuradora. “Faltam clínicos gerais e anestesistas, o que é inconcebível e prejudica as cirurgias de emergência”, observou Aldirla Albuquerque.

Falta de pessoal - Para o superintendente do HUL, Manoel Luiz de Cerqueira, as dificuldades atualmente enfrentadas na unidade de saúde tem relação direta com o número insuficiente de profissionais para o devido atendimento à população. Ele disse que diante da ausência de orçamento para a liberação de vagas pela Ebserh, buscou apoio da Secretaria das Estatais do governo federal e da Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe, mas não obteve êxito.

O presidente da Cremese, Jilvan Pinto Monteiro, afirmou ao MPF que a situação do Hospital é insustentável e por isso, em até 60 dias, a Cremese vai promover a interdição das áreas críticas do Hospital que necessitam de profissionais. O presidente do COREN/SE, Conrado Marques Souza Neto, disse ao MPF que o Conselho também poderá promover a interdição do exercício da enfermagem em algumas áreas do HUL, devido à falta de profissionais.

Para o MPF, é preciso o preenchimento imediato das vagas em aberto no HUL e da atuação imediata do Estado de Sergipe para promover as ações atinentes às suas responsabilidades. "Agendamos para o dia 25 de julho reunião para dar continuidade ao tema, desta vez com a presença da Secretária Estadual de Saúde, visto que o Hospital Universitário de Lagarto faz parte da rede de atendimentos de urgência e emergência do Estado de Sergipe”, explicou a procuradora Aldirla Albuquerque.

Participantes - Também participaram da reunião no MPF a gerente de atenção à saúde do HUL, Camila Danielle Doria de Santana; gerente administrativa do HUL, Gislane Ladeia Boa Sorte Borges; a chefe da Divisão Médica do HUL, Evelyn de Oliveira Machado, o advogado do Coren/SE, André Kazukas Rodrigues Pereira e a advogada do Cremese, Cláudia Barbosa Guimarães.

Inquéritos - A diligência ao HUL, as reuniões realizadas e agendadas fazem parte de inquéritos extrajudiciais em curso na Procuradoria da República no Município de Lagarto. Se as tratativas extrajudiciais não forem suficientes para solucionar a questão, o MPF deve adotar medidas judiciais cabíveis.

 

Por: Assessoria de Comunicação
Ministério Público Federal em Sergipe

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