O Projeto de Infraestrutura de Dados Espaciais (PDE), implantado pela Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Fazenda (Semfaz), para o georreferenciamento da capital, integra o processo de construção de cidade mais inteligente, e segue avançando. Até o momento, 60% da cartografia já foi executada, assim como também foi iniciada a implantação do novo cadastro territorial.

A gestão passará a ter, a partir do projeto, um conhecimento ainda mais detalhado da cidade, por meio de uma base de dados moderna, tecnológica e unificada. O PDE foi lançado em 2021 pelo prefeito Edvaldo Nogueira, no entanto, os primeiros passos para a realização foram dados ainda em 2020. Atualmente, o projeto está na fase de análise do controle de qualidade de todo material já levantado até agora.

De acordo com a coordenadora de Planejamento e Geoprocessamento, Manuela Nascimento, as ações foram divididas em três etapas. Uma delas foi a topografia, onde todo levantamento de dados realizado no município terá uma rede de referência cartográfica. Outra etapa, já concluída e em uso, segundo a coordenadora, foi o aerolevantamento, que possibilita, a partir das imagens, uma visão amplificada de todos os pontos da cidade, um produto semelhante ao Google Street View.

“O avião, com um laser scan, fotografou o território, levantando todas as altimetrias das construções, que poderá gerar maquetes da cidade em 3D, possibilitando a identificação de pavimentos, entre outros. Outra parte do projeto já executada foi o mapeamento móvel, onde um carro com uma câmera 350º fotografou todas as fachadas da cidade, para o mapeamento dos logradouros, o que gera um produto semelhante ao Google Street View, que já está sendo utilizado para atualização das informações da cidade”, aponta a coordenadora.

Para a execução do projeto estão sendo investidos cerca de R$ 12 milhões de recursos próprios e do Programa Nacional de Apoio à Modernização Administrativa e Fiscal dos Municípios Brasileiros (PNAFM).

Aracaju mais inteligente
 
A construção de uma cidade mais inteligente segue em andamento desde 2017, quando iniciou a nova gestão do prefeito Edvaldo Nogueira, e o PDE faz parte desta política. Segundo Manuela Nascimento, o conhecimento tecnológico de todo território da cidade possibilita que as ações de planejamento sejam melhor elaboradas e executadas pelas secretarias.
 
“Com o PDE, haverá um cadastro georreferenciado multifinalitário, com informações tanto dos cidadãos, como dos imóveis, dos rios, das dunas, das ruas, avenidas, etc. A partir do momento que se tem toda essa informação acessível, em meio digital e transparente, tem-se a possibilidade de a gestão melhorar. Com o conhecimento amplo do território, é possível ampliar as ferramentas de planejamento e gestão”, ressalta Manuela.
 
Capacitações
 
A próxima etapa do PDE, segundo a coordenadora, será o recadastramento para a nova base de dados, que será realizado por uma empresa terceirizada. Enquanto isso, além das análises de controle de qualidade, também estão sendo realizadas capacitações com a equipe técnica da Prefeitura.
 
“As nossas equipes estão sendo capacitadas para poderem dar andamento ao projeto sem a necessidade das empresas consultoras, que são duas trabalhando junto conosco, neste momento. Isso nos dará autonomia para a manutenção do projeto. Uma foi realizada pela empresa OAL Geoinformática, e a outra com a Fundação Escola Politécnica da Bahia, sobre ponto de controle, precisão e controle de qualidade, além da capacitação sobre o cadastro em si”, explica Manuela.
 
Além dos técnicos da Semfaz, equipes das demais secretarias que utilizam informações geoespaciais também estão sendo capacitadas.

“Todo esse projeto, desde o início, não foi pensado pra ficar só na Semfaz. A ideia é de que surja um cadastro multifinalitário, então ele terá informação das outras secretarias também. Vamos ter um cidadão único que, a partir da consulta pelo CPF, saberemos todas as informações, do que se tem na Saúde, na Educação, etc”, reforça a coordenadora. 

Fotos: Ascom/Semfaz