De acordo com Edvaldo, diante da gravidade da crise do transporte público no Brasil “os projetos precisam ser colocados como prioridade”. “Este é um tema que nós, prefeitos e prefeitas, estamos debruçados há muito tempo para conseguirmos viabilizar junto ao governo federal. O transporte público do nosso país foi gravemente afetado pela pandemia e é extremamente necessário que possamos encontrar uma saída a curto prazo para que o sistema não entre em colapso. Precisamos fortalecer as discussões acerca deste tema, e de maneira rápida”, destacou.
O presidente da FNP ressaltou que a PEC 01/2022 pode garantir “o socorro emergencial” para este semestre, mas não é suficiente para resolver o problema, justificando, ainda, a defesa pela aprovação do PL 4392/2022. “Com a emenda aprovada na PEC e destinando os R$ 2,5 bilhões para este ano, precisamos continuar esse debate pela aprovação do PL 4392/2021 para os próximos dois anos. O projeto de lei prevê ajuda financeira de modo que o governo federal absorva o pagamento da gratuidade dos idosos por três anos”, reiterou Edvaldo, propondo audiências com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL), e com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
O prefeito de São Paulo/SP e vice-presidente da FNP, Ricardo Nunes, salientou que o pleito liderado pela entidade reflete o interesse da população. “Acho que é a hora de nós, prefeitos, mostrarmos força e colocarmos de uma forma muito clara qual é a demanda que os deputados e senadores, principalmente os que estão no exercício disputando a reeleição, precisam ter como responsabilidade, com relação a esse tema. A gente não pode sair vencido nesse processo”, reforçou.
Os prefeitos reconhecem que ambas as alternativas são medidas paliativas, mas acreditam que irão gerar um respiro, possibilitando a construção futura de uma proposta definitiva para o transporte público urbano. Para Ricardo Nunes, essas propostas em curso na Câmara são “um marco importante dos municípios em uma discussão ampla com relação à questão do marco do transporte no país”.
Para o prefeito de Porto Alegre/RS e vice-presidente de Mobilidade Urbana da FNP, Sebastião Melo, o tema “não pode passar batido na eleição presidencial”. Ele ressaltou que não é apenas uma questão de subsídio, declarando a necessidade de uma linha de crédito específica para incentivar a implementação de outros modais. “Esse tema não pode ser uma política de governo. Tem que ser uma política de Estado”, defendeu.
Os prefeitos de Feira de Santana/BA, Colbert Martins, de Belém/PA, Edmilson Rodrigues, de Rio Branco/AC, Tião Bocalom, de São Luís/MA, Eduardo Braide, e de Cachoeiro do Itapemirim/ES,Victor Coelho, manifestaram apoio à agenda em Brasília, prevista para acontecer na próxima semana.
Também participaram da reunião os prefeitos de Campo Grande/MS, Adriane Lopes; Fortaleza/CE, José Sarto; João Pessoa/PB, Cícero Lucena; Macapá/AP, Dr. Furlan; Porto Velho/RO, Hildon Chaves; Apucarana/PR, Junior da Femac; Balsas/MA, Erik Augusto Costa Silva; Curvelo/MG, Luiz Paulo; Guarulhos/SP, Guti; Jacareí/SP, Izaias Santana; Jaguariúna/SP, Gustavo Reis; Juiz de Fora/MG, Margarida Salomão; Moreno/PE, Edmilson Cupertino; Petrolina/PE, Simão Durando; e São José dos Campos/SP, Anderson Farias.
Foto: Ana Lícia Menezes