Atuar no mercado empresarial, independente do segmento, requer uma série de atitudes para direcionar os objetivos da empresa. Dentre elas está o planejamento estratégico, método que traça os objetivos empresariais a longo prazo, apresentando planos de ação, considerando diretrizes gerais que apontam onde a empresa quer chegar no período estabelecido.
A execução de um planejamento estratégico é feita considerando os fatores externos e internos que possam impactar a empresa, como o cenário global e a situação do mercado no qual a organização atua. Essa análise de cenário permite a visualização de prioridades e o nascimento dos objetivos estratégicos, como conta o engenheiro de produção André Gabillaud.
É um momento de analisar relatórios, de estabelecer algumas ações e até mesmo reconhecer alguns indicadores dos processos que já funcionam, para reconhecermos a saúde empresarial. Depois disso, são feitas algumas análises de cenário, que permitem enxergar o que é prioritário para um próximo ciclo. Esses objetivos tem metodologia para ser construída porque, caso a gente deixe esse processo de desenvolvimento muito solto, há uma expectativa muito forte de todo e qualquer empreendedor a puxar pelo aspecto financeiro e aí a gente só tem um pilar de observação nessa organização”, detalha Gabillaud.
Algumas das características do planejamento estratégico são apresentar uma visão da empresa; ter uma forte orientação externa; focar no longo prazo; apresentar objetivos gerais; apontar planos de ação. Em sua elaboração, o engenheiro de produção destaca uma abordagem em quatro etapas.
“Colocamos o financeiro, mas existe o aspecto do cliente, da aprendizagem e crescimento e existe o aspecto dos processos internos. Por fim, passamos a definir quais os principais projetos que vão dentro daquele ciclo, o horizonte de planejamento ser usados e, com base nisso, a gente passa a orientar a empresa em qual tipo de energia ela tem que direcionar seus esforços, mostrando para ela o caminho do crescimento e, naturalmente, dos resultados”, explica André Gabillaud, pontuando a metodologia utilizada na Brain, empresa sergipana de gestão de processos a qual ele dirige.
De acordo com ele, o planejamento estratégico funciona como uma bússola, oferecendo um direcionamento empresarial. Quando não há esse direcionamento, a empresa passa a caminhar de uma maneira desordenada e os custos operacionais aumentam. Assim, ter um planejamento auxilia também na redução de custos.
“O planejamento estratégico traz coesão empresarial; traz moral, imagem, sentido para a empresa; determina a linha de raciocínio que a empresa terá para envolver todas as demais funções. Acaba estabelecendo sinergia entre as áreas, entre pessoas”, elenca o diretor da Brain.
Ferramentas e abordagens
Na execução do planejamento estratégico, existem algumas ferramentas clássicas. Dentre elas está a análise de swot, uma ferramenta clássica, que analisa as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças da empresa. Além desta, existe também BSC (balanced scored card).
“A ferramenta BSC que foi utilizada para traduzir as pessoas que fazem a parte mais operacional dos trabalhos de uma empresa e entender o objetivo estratégico. Quando a gente fala sobre essa finalidade da tradução, é para que as bases entendam o que as altas lideranças da empresa estão querendo. Existem alguns instrumentos dentro do planejamento estratégico que hoje são usados para fazer esse desdobramento e essa tradução”, contextualiza o engenheiro de produção.
Na Brain, ela conta que as ferramentas são utilizadas de acordo com a maturidade da empresa. São visualizadas as oportunidades para que o planejamento estratégico seja rico e, com base na cultura que a empresa possui ou quer, traduz-se isso em metodologias diferentes para situações diferentes.
“Dependendo do porte da empresa ou da maturidade dela, a gente tem pacotes específicos. Então, por exemplo, se a empresa é muito pequena , tipo micro e pequeno empreendedor, nós temos pacotes mais enxutos que vão desenvolver, com a mesma finalidade, o planejamento estratégico. Quando a empresa é mais robusta, normalmente ela quer envolver a liderança em momentos de imersão, a metodologia aplicada é a mesma, mas com um nível metodológico diferente”, revela Gabillaud, ao pontuar que o desenvolvimento é feito mediante adaptação às necessidades do cliente.
Assessoria de Imprensa