A vice governadora Eliane Aquino já assegura que deseja disputar uma das oito vagas da Câmara Federal pelo Partido dos Trabalhadores na eleição deste ano. Nenhuma surpresa. Essa vontade já foi colocada na eleição de 2018, quando ela mesmo pediu todo tempo do mundo para pensar se aceitaria o convite de Belivaldo de ser sua vice, ou se seria candidata a deputada federal. Findou aceitando ser companheira do atual governador na chapa majoritária, e hoje é vice governadora do estado.
Para recordar aos mais esquecidos, Eliane Aquino chegou em Sergipe motivada pela relação com Marcelo Deda, à época deputado federal, com quem conviveu e teve dois filhos. Em Brasília, Eliane trabalhava como repórter fotográfica, prestando assessoria para deputados e senadores. É na capital federal onde está concentrada a família da atual vice governadora.
Com a eleição de Marcelo Deda para prefeitura de Aracaju, Eliane se torna a primeira dama da capital em 1° de janeiro de 2001 até 31 de março de 2006, quando Deda renuncia para concorrer ao governo do estado. Com a posse de Deda no governo estadual em 1° de janeiro de 2007, Aquino passa a ser primeira dama do estado, assumindo também a Secretaria de Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social em 2011. Em 2 de dezembro de 2013 Deda falece, mas Eliane continua secretária até 31 de dezembro de 2014.
Em janeiro de 2017 assume a vice prefeitura de Aracaju depois de eleita ao lado de Edvaldo Nogueira, e dois anos a frente, 2019, toma posse como vice governadora de Sergipe numa chapa com Belivaldo Chagas. Nesse meio tempo, na condição de viúva do ex-governador Marcelo Deda, foi autorizada pela Assembleia Legislativa e concedida pelo Governo uma Pensão Vitalícia para Eliane.
Como muitos falam: "ninguém vota em vice". É verdade. Mas no caso de Eliane, nas duas vezes que foi eleita vice, o nome mais citado nas falas era o de Marcelo Deda, já falecido desde 2013. Se realmente for para uma candidatura de deputada federal, será a primeira vez que Eliane será testada efetivamente nas urnas como protagonista, e não coadjuvante.
Se der certo, e eleita Eliane para preencher uma das oito vagas da Câmara Federal, ela estará fazendo o caminho de volta com o voto dos sergipanos, e ter sua família bem pertinho, já que são e moram em Brasília. Mas pra que isso aconteça, precisa ser aprovada pela urnas.