As articulações na capital federal entre o Palácio do Planalto e o Senado indica que tudo está muito mais indefinido do que imaginamos, ainda mais quando o presidente do Congresso Nacional e também pré-candidato a sucessão de Bolsonaro, senador Rodrigo Pacheco, PSD, acaba de fazer uma movimentação lá pelo estado de Minas Gerais, indicando o senador Antônio Anastasia para o Tribunal de Contas da União, abrindo vaga para o suplente Alexandre Silveira, também PSD, e que já deve assumir a titularidade agora no mês de fevereiro na condição de líder do governo no Senado.
O movimento é bem legítimo no ambiente político, porém, provoca especulações de toda ordem, sobretudo quando na cena se encontram dois pretendentes ao maior posto eletivo da Nação, como é o caso do presidente Bolsonaro que deseja reeleição, e o senador Rodrigo Pacheco que já foi inclusive lançado pelo seu partido como presidenciável. Quem recuaria e, ou que tipo de aliança está em curso?
Os efeitos de possíveis alianças consolidadas em Brasília alcançam as eleições nos estados, que devem seguir as orientações das direções nacionais de seus partidos, atendendo sempre aos interesses do projeto maior, neste caso, a sucessão federal.
Em Sergipe, dos pretensos candidatos ao governo apresentados até aqui, nenhum deles asseguraram o palanque estadual para a reeleição de Bolsonaro, isso incluindo os opositores naturais já conhecidos dos sergipanos. A dúvida está no grupo do governo estadual, que tem Belivaldo e Fábio Mitidieri no PSD de Pacheco, e a partir de fevereiro do líder do governo federal no senado, Alexandre Silveira. Outro que já anunciou filiação no PSD foi o deputado estadual Francisco Gualberto, radical opositor do atual presidente, mas, dentro do contexto, se consolidada sua filiação, estará membro da sigla próxima do Planalto.
E aí? E se sai um possível acordo de recuo de Pacheco para apoio a reeleição de Bolsonaro, como ficarão os pessedistas de Sergipe? Estarão dispostos a sofrer intervenção da direção nacional do partido por desobediência? Ainda vem muita coisa por aí, principalmente depois dessas conversas que convergiram para a indicação do senador Antônio Anastasia para o TCU, e a liderança do governo no senado por Alexandre Silveira, ambos encaixados no projeto e liderança de Rodrigo Pacheco.
Edvaldo Nogueira independente?
Para quem ouviu e acreditou na manifestação do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, mantendo sua condição de pré-candidato ao governo estadual, e ainda que estaria disposto até por um caminho de independência, deve exercer a memória, e lembrar que sozinho o ataual prefeito nunca chegou a lugar algum. Seu comportamento é de menino mal criado, que não soube preservar a boa relação com os aliados, principalmente à frente do executivo da capital, e agora conta com rejeição interna por mais que apresente pesquisas lhe favorecendo entre os demais. Seu grito é apenas no rádio. Dentro do grupo ninguém escuta.
Eliane de olho no próprio umbigo
Um "companheiro" petista da atual vice-governadora, Eliane Aquino, que agora parece ter despertado disputar a vaga para o senado, e para isso parece lutar para pacificar e unir novamente a sigla com a base governista, confidenciou que essa possiblidade é impraticável, e que Eliane estaria olhando para o próprio umbigo, esquecendo o projeto maior do partido que é a candidatura de Rogério Carvalho ao governo. "Ela, se quiser, que lute para se eleger deputada federal, o que também não será muito fácil", arrematou sem pestanejar.
Morre a mãe de Bolsonaro
A mãe do presidente Jair Bolsonaro, Olinda, de 94 anos, morreu na madrugada desta sexta-feira. O próprio presidente comunicou o falecimento em suas redes sociais: "Com pesar o passamento da minha querida mãe. Que Deus a acolha em sua infinita bondade", postou no Twitter. A causa da morte não foi divulgada.