CPI para holofotes com convicções de pizza
Política
Publicado em 20/10/2021

Não é nada estranho. A conversa existiu, e o objetivo de um membro de uma CPI instalada para investigar o Consórcio Nordeste no Rio Grande do Norte não é outro, senão, faturar alto com a mídia proporcionada pela imprensa através de entrevistas concedidas desde a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito.

O relato é tão impressionante, que o membro tem contabilizado o número de visualizações de suas participações nas redes sociais dos veículos que concede entrevistas, além das suas próprias redes. O entusiasmo é tanto, que até pensa num vôo mais alto na eleição de 2022, depois de obter resultados de pesquisas no seu estado.

Quando é questionado sobre o desfecho das apurações da CPI, o parlamentar é bem convicto das dificuldades que possuem para desenvolver as investigações, e diz claramente da deficiência que o legislativo possui para um trabalho técnico, como deve ser todo processo investigatório.

Para qualquer cidadão que analise de forma mais ampla todos os interesses que envolvem uma instalação de CPI, chegará a conclusão que tecnicamente não funciona, até mesmo por falta de mão de obra específica para esta finalidade, sobrando apenas os atores políticos, que não pensam em outra coisa, senão, política.

Bem disse o deputado estadual Cap. Samuel, que ao ser questionado por um repórter sobre a CPI da COVID sergipana, e a razão de não constar sua assinatura, ele respondeu: "no dia em que eu alcançar uma CPI que não tenha acabado em Pizza, coloco minha assinatura na seguinte".

A declaração do Cap. Samuel me fez lembrar a CPI da Pedofilia proposta pelo deputado Dr. Samuel Carvalho que adormece na Assembleia Legislativa, e que podia também acrescentar o assédio sexual, inclusive com as ocorrências nos templos religiosos bem recentes.

Se é para foco midiático e concluir em Pizza, melhor não se instalar.

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