O BLEFE do PODEMOS e da delegada Daniele Garcia
Política
Publicado em 28/09/2021

Quem aí acreditou na decisão que saiu do PODEMOS após reunião liderada pela presidente estadual, delegada Daniele Garcia?

Bom, é claro que a velha máxima afirma: "toda unanimidade é burra", logo, alguns e principalmente os partidários crêem que a delegada será candidata ao senado, se também for de interesse da direção nacional.

Como estou literalmente careca, e com uma boa estrada percorrida na política, asseguro que Daniele Garcia não será candidata ao senado. Em resumo: um blefe.

Explico:

Primeiro quero dizer que tratar-se de um "blefe" não é nada pejorativo, ofensivo contra a delegada e, ou o PODEMOS. É uma relação com o jogo, e política é isso, onde o "blefe" pode ser uma grande jogada. Exatamente assim. Então, segue o jogo.

Para quem tem mais proximidade, e acompanha o ambiente político eleitoral desde as suas regras, sabe que os partidos devem cumprir cláusula barreira para suas sobrevivências, e ainda dispor dos fundos partidário e eleitoral. Essa manutenção das siglas se dão exclusivamente pelo número de cadeiras ocupadas na Câmara Federal.

E o que isso tem haver com a delegada Daniele Garcia e o PODEMOS em Sergipe? Tudo. Simples assim.

Por mais que seja um cargo majoritário de grande envergadura política, um senador não entra na conta dos fundos partidário e eleitoral, e daí começam as cartadas da delegada até ingressar no PODEMOS com toda anuência da executiva nacional, que veio a Sergipe entregar o comando da sigla pra ela. Mas, como assim? Seria só uma noviça filiada do partido que já chega mandando "na porra toda"? Claro que não.

Escreva aí! O comando do partido em Sergipe passa pelo compromisso de eleger pelo menos um deputado federal, e é evidente que a executiva nacional enxergou na delgada esta possibilidade, devido sua performance na eleição de Aracaju em 2020, quando disputou o segundo turno com o prefeito Edvaldo Nogueira.

E o que faz o partido anunciar esta possível decisão de candidatura ao senado? Atração! Sim. Atração!

Os partidos estão em fase de formação de chapa para deputado federal e estadual, e chegar no partido já tendo como certo uma forte concorrente não é nada interessante. E a delegada é de fato uma forte concorrente para Câmara Federal, então, deslocá-la para o senado nesse momento é mesmo que abrir a gaiola até a data limite para as filiações, receber os novos pássaros, e uma vez filiado, tomar conhecimento da verdadeira decisão que seria a candidatura de Daniele Garcia a deputada federal.  

Ainda que fiquem contrariados, os recém chegados no PODEMOS pelo atrativo da candidatura de Daniele ao senado terão que engolir a concorrência interna, com a certeza de todo apoio que a delgada já tem da nacional para a Câmara Federal.

Nesse jogo para alcançar a cláusula de barreira, e ter acesso aos fundos partidário e eleitoral não tem coringa, pois não se joga reais possibilidades de um um objetivo maior, em troca de uma carta que embora seja significativa (senador) não ajuda na contagem para sobrevivência partidária.

Enfim, o "blefe" é uma jogada legítima, mas, cai quem quer!

 

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